Dia 124: Pintar com quantas cores o vento tem


É na nossa infância que se definem as grandes marcas da nossa personalidades. Se quando somos adultos veneramos homens e ideais, quando somos crianças veneramos os nossos pais, avós e desenhos animados. Eu, como não podia deixar de ser, era fanática pelos filmes da Disney (vá....ainda sou :P). Conseguem adivinhar qual era o meu preferido? Sim, sou um bocado previsível eu sei. Mas se em criança esta canção me fazia sonhar, hoje gosto de pensar nela como um eco que ficou para sempre guardado no meu peito.



Tu achas que sou uma selvagem
E conheces o mundo
Mas eu não posso crer
Não posso acreditar
Que selvagem possa ser
Se tu é que não vês
Em teu redor...teu redor

Tu pensas que esta terra te pertence
Que o mundo é um ser morto mas vais ver
Que cada pedra, planta ou criatura
Está viva e tem alma é um ser

Tu dás valor apenas às pessoas
Que acham como tu sem se opor
Mas segue as pegadas de um estranho
E terás mil surpresas de esplendor

Já ouviste um loubo uivando no luar azul
Ou porque ri um lince com desdém

Sabes vir cantar com as cores da montanha
E pintar com quantas cores o vento tem
E pintar com quantas cores o vento tem

Vem descobrir os trilhos da floresta
Provar a doce amora e o seu sabor
Rolar no meio de tanta riqueza
E não crer indagar o seu valor

Sou a irmã do rio e do vento
A garça, a lontra são iguais a mim
Vivemos tão ligados uns aos outros
Nesto arco, neste circulo sem fim

Que altura a árvore tem?
Se a derrubares..
Não sabe ninguem

Nunca ouvirás o lobo sobre a lua azul
O que é que importa a cor da pele de alguém
Temos que cantar com as vozes da montanha
E, pintar com quantas cores o vento tem
 
Mas tu só vais conseguir,
Esta terra possuir
Se a pintares..
Com quantas cores o vento tem.

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