Dia 116: We can do it!

Inspirada pela palavras que circulam hoje no universo cibernético em relação à intervenção do jovem Martim no programa "Prós e Contras", não pude deixar de refletir sobre o verdadeiro significado de expressões como "arregaçar as mangas", "empreendorismo" e "gerar valor". 

Vivemos tempos difíceis e os tempos difíceis permitem-nos descobrir facetas de nós mesmos que desconhecíamos. O engenho, a criatividade, o espírito positivo e a coragem podem muito bem ser felizes consequências de momentos tão conturbados como este.

Penso que, de forma muito resumida, podemos encarar o processo que vai desde a ideia até à concretização da mesma, da seguinte forma:

Ideia --> Sonho, desejo (processo emocional)
Conceito --> Criatividade e engenho (processo lógico)
Materialização do conceito (ambos os processos se fundem num só - o equilíbrio é alcançado)

Arregaçar as mãos e beber os frutos do nosso esforço e dedicação é uma sensação maravilhosa mas é necessário gerar valor.

Obviamente que gerar valor significa muito mais do que obter lucro. Gerar valor implica gerar abundância e quando me refiro a abundância não me refiro apenas a valor económico mas a valor humano, social, cultural, etc. O valor que verdadeiramente faz a diferença, que transforma, que motiva, que gera prosperidade e bem-estar...

Arregaçar as mangas não implica necessariamente gerar valor material. Com a crise parece que o altruísmo voltou a estar na moda e isso agrada-me!

Delicio-me a observar o que se anda a fazer por aí. Parece que de um momento para o outro todos se lembraram que sabem pintar, martelar, erguer paredes, distribuir alimentos, roupas, brinquedos... Adoro isso e arrisco mesmo dizer que não há nada como uma " bela crise" para revelar o que existe de melhor em nós. Acho que este comportamento é a prova de que talvez precisássemos de um abanão. Fomos desafiados quando as nossas estruturas foram abaladas e isso mudou-nos. Fomos relembrados de quem queríamos ser.  



"We Can Do It! (Nós podemos fazer isso!) foi uma propaganda de guerra dos Estados Unidos criado por J. Howard Miller em 1943 para a fábrica Westinghouse Electric Corporation como uma imagem inspiradora para levantar o moral dos trabalhadores1 . O cartaz é baseado em uma fotografia em preto e branco tirada de uma operária chamada Geraldine Doyle de uma fábrica em Michigan de apenas 17 anos2 .

O cartaz foi visto pouco durante a Segunda Guerra Mundial. Foi redescoberto nos anos 1980 e amplamente reproduzida em muitas formas, muitas vezes não é chamado de "We Can Do It!" mas sim de Rosie the Riveter, que é a figura de uma forte trabalhadora de produção no período da guerra. A imagem de "We Can Do It!" foi usado para promover o feminismo2 e outros temas políticos da década de 1980. A imagem foi capa da Smithsonian em 1994 e tornou-se um selo postal dos Estados Unidos. Foi constituída em 2008, em materiais de campanha para vários políticos norte-americanos e foi reformulado por artistas em 2010 para celebrar Julia Gillard, a primeira mulher a tornar-se primeiro-ministro da Austrália."


O jovem Martim no programa "Prós e Contras": https://www.facebook.com/photo.php?v=10200984509751881

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