Dia 113: Desafios e dádivas
Sempre tive muitas ideias para projetos. Sempre quis criar algo de raiz. Semear, regar, amar, ver crescer e atingir a maturidade... Mas sempre tive demasiados receios e inseguranças. Não me levava a sério... considerava-me uma sonhadora mas não acreditava em mim para me considerar uma lutadora e muito menos uma conquistadora.
Debatia-me (e ainda debato) com uma exigência radical. Logo eu, que sempre procurei o equilíbrio, colocava sempre um peso desmesurado num dos lados da minha balança. O que quer que fosse que acontecesse achava sempre que eu podia ter feito qualquer coisa diferente, que se eu tivesse agido de outra maneira ou interferido poderia ter mudado o rumo dos acontecimentos, mesmo que eu não tivesse qualquer ligação com a situação em causa. Eu tinha sempre alguma culpa e responsabilidade. Eu, eu, eu... demasiados eus. A pressão era tal que tive muitos momentos em que atingi estados de profunda tristeza, quase depressão. A minha exigência era tal que estava desconectada de mim mesma. Sentia-me só. Sentia que não era suficiente.
Mas a vida encarrega-se de nos desafiar. E à medida que os desafios vão surgindo e vamos aprendendo com os nossos erros, o Universo vai-nos presenteando pelas nossas conquistas. Se houve algo que eu aprendi a muito custo, por culpa minha (lá estou eu! LOL) foi que ELE pode ser deveras generoso, se nós soubermos ser generosos connosco próprios e aceitar o que ele tem para nos dar.
Comentários