Dia 111: Não basta acreditar, é preciso aceitar

Não basta acreditar, é precisar aceitar, com cada molécula do nosso corpo, e com cada gota de luz da nossa essência, que merecemos. Merecemos o que recebemos. O bom, o mau, o que não acontece e o que desaba em cima de nós. Merecemos TUDO.

Se encararmos os obstáculos como provas que nos ajudam a crescer e aceitarmos que eles fazem parte do processo natural que é viver (plenamente), passamos a encará-los como oportunidades. Os problemas e os entraves desaparecem. O verdadeiro obstáculo, o desafio supremo, somos nós próprios. As grandes batalhas acontecem bem dentro de nós. As verdadeiras cruzadas correm-nos nas veias e palpitam-nos no coração e impedem-nos de atingir uma versão melhorada e mais completa de nós mesmos.

Merecemos tudo. Mas da teoria à prática dá para subir o Evarest e descer. Podemos fazer o percurso mil vezes, decorar os locais certos para colocarmos os pés, conhecer as nascentes de cor, que isso não fará qualquer diferença. É preciso aceitar e aceitar implica entregar. Entregar tudo. fechar os olhos, abrir os braços, e mesmo no pico do Evarest, com o vento a empurra-nos e o precipício diante de nós, temos de ser capazes de ficar em permanência.

Adoro esta ideia de ficarmos em permanência, de resistirmos às adversidades sem baixar a cabeça. Adoro o fato da prática de ásana me ter ensinado que a verdadeira conquista reside na permanência. Adoro a prática de ásana sobretudo por isto. O yôga derruba-me consecutivamente para me ensinar a levantar-me. O yôga derruba-me consecutivamente para me lembrar que é preciso continuar a crescer e a evoluir e que é sempre possível ir mais longe. O segredo da parmanência não reside no seu lado estático mas no fato de ser impossível ficar eternamente nesse estado. Quando já aprendemos determinada lição e está na hora de passarmos à próxima "CATRAPUMBA". o Yôga atira-te ao tapete e tu já sabes que está na hora de passar à próxima permanência e que esta será sempre e inevitavelmnte mais longa que a anterior. A boa notícia? alguma coisa hás-de ter feito bem para teres tido permissão para passar à próxima postura...

Ontem o yôga atirou-me ao tapete uma vez mais. Acreditem quando vos digo que a dor que senti foi bem física. Mas algo se abriu dentro de mim. Eu entreguei TUDO. E foi assim que eu aceitei...

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