Dia 27: O que o yôga já me ensinou
Tento, tento muito e ser muitas coisas todos os dias. Falho, falho por tentar tanto e ao mesmo tempo. Não consigo ser nem fazer tudo, não consigo, por mais que tente, ser perfeita.
Perfecionismo, autocrítica, altos níveis de exigência apenas e só comigo própria.
É este o meu maior defeito.
O ser humano mais justo.
A filha, neta, irmã, companheira, prima, sobrinha...mais fiel, mais leal, mais dedicada, mais presente, mais compreensiva.
A amiga que está sempre lá, que vê e que sente o que os olhos e os ouvidos não captam.
A profissional determinada, pró-ativa e super-motivada.
É assim que eu tento ser.
É tudo aquilo que eu queria conseguir ser sempre, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano.
Sou uma pessoa independente, fiel a si mesma e às suas convicções mas a minha maior fraqueza são os outros.
Por vezes sou cruel comigo mesma e penso "Pára de tentar! Tu tens de conseguir!"
Foi aí que o Yôga entrou na minha vida.
Ele ensinou-me a escutar-me, a compreender-me, a aceitar-me.
Ele ensinou-me que tudo é alcançável mas que temos de ter capacidade de nos aceitarmos tal como somos. De sermos compreensivos connosco próprios e de sussurrarmos ao nosso espírito "Basta, fizeste um bom trabalho, tens um coração puro e a tua dedicação é sincera mas por hoje basta. Hoje ainda não conseguiste ser ou fazer aquilo que desejavas mas não faz mal..."
Depois do yôga veio a vida e ensinou-me que aos olhos dos outros, se me quero proteger a mim mesma, por vezes vou ser considerada egoísta.
O Yôga abriu outra janela e ensinou-me a aceitar isso e a perdoar com um sorriso no coração.
É isso que o yôga me ensina todos os dias.
1º a perdoar-me a mim
2º a perdoar aos outros.
E então, algures no meio do perdão, encontro a paz e o equilíbrio.
Grata ao yôga
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