Dia 17: Os YÔGA SUTRAS de Pátañjali
Os quatro capítulos do Yôga Sutra são:
Os Yôga Sutras constituem o texto clássico que codificou o conhecimento tradicional sobre o Yôga.
Sútra pode significar cordão ou aforismo. Aforismos são ensinamentos cifrados em resumidíssimas palavras, somente inteligíveis para os iniciados naquela linha específica.
Sútra pode significar cordão ou aforismo. Aforismos são ensinamentos cifrados em resumidíssimas palavras, somente inteligíveis para os iniciados naquela linha específica.
Foram escritos por Pátañjali, também conhecido por siddha, nascido na região a noroeste da Índia, que obteve notoriedade pelo ensino do Yoga na região sul daquele país. Acredita-se que tenha vivido por volta da época de Siddharta Gautama, o Buda, no século V a.C., ou pouco tempo depois.
O texto é composto por 196 aforismos, divididos em quatro capítulos, que expõem o método do Yôga para libertar o praticante das transformações materiais e da morte (sutra IV, 33) devolvendo-o à sua natureza autêntica (sutras IV, 34 e I, 3).
Os quatro capítulos do Yôga Sutra são:
1. Samāadhi Pāada - trata da definição do samadhi, que é um estado meditativo da mente, e dos processos para alcançar esse estado;
2. Sādhana Pāda - trata da prática que leva ao estado meditativo, e dos obstáculos que podem ser encontrados;
3. Vibhūti Pāda - trata dos resultados obtidos com a prática da meditação profunda (samyama), que são conhecimentos e habilidades especiais;
4. Kaivalya Pāda - trata do objectivo final do Yoga proposto nos Sutras, que é o estado de identificação do praticante com todo o Universo, produzindo o isolamento (Kaivalyam) que dá nome ao capítulo.
O Yôga ensinado nos Sutras é conhecido como Raja Yôga, Yôga Clássico ou Yôga Samkhya.
O Yôga ensinado nos Sutras é conhecido como Raja Yôga, Yôga Clássico ou Yôga Samkhya.
Estes aforismos são frequentemente acompanhados por comentários mais extensos, produzidos por mestres de várias épocas. O mais celebrado comentário aos Sutras de Pátañjali é conhecido como Mahabhashya, de autoria atribuída a Vyasa Deva (o mesmo autor do épico Mahabharata).
Acredita-se que o quarto capítulo dos Sutras possa ter sido composto muito tempo depois dos outros três, como forma de reacção ao crescimento do Budismo no norte da Índia.
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