Dia 12: Yôga - Os erros mais comuns na sua interpretação

Este post é o resultado das várias perguntas que me fazem todos os dias.
Há sempre alguém que me indaga sobre o lado meditativo ou sobre o lado mais "acrobático" do yôga. A verdade é que a generalidade das pessoas tem uma noção errada desta filosofia e tira conclusões precipitadas.

O yôga abrange uma série de disciplinas e é sobretudo uma forma de estar da vida, consigo mesmo e com o próximo. Ser Yogin não é ser contorcionista nem estar sempre sentado em meditação.

Vou tentar, de forma resumida, explicar aqui o que NÃO é o Yôga. Vou procurar ser o mais pragmática possível e, como sempre, estou disponível para responder a todas dúvidas com que possam ficar.

Comecemos pela principal caraterística que costumam atribuir ao yôga: PARADO
Bem, quem já fez uma BOA aula de yôga, com um BOM instrutor, sabe que no final sai de lá a transpirar e que durante 2 dias (pelo menos quando começa a praticar) vai ter tantas dores musculares que mal vai conseguir subir um vão de escadas. A prática de ásana, as famosas posturas físicas, trabalha todos os músculos e tendões do nosso corpo, de tal forma, que todas as aulas descobrimos uma ligaçãozinha ou um musculuzinho que nem imaginávamos que existia. A combinação de ásanas, ou seja, a composição de coreografias de yôga é um treino cardiovascular de enorme potencial.

Segunda característica mais atribuída ao yôga: ACROBÁTICO
Existem no yôga dezenas de posturas acrobáticas e até já existem aulas de yôga acrobático mas o objetivo não é esse! A maior parte de nós nunca vai conseguir apoiar o peso de todo o corpo apenas num polegar... mas não é isso que se pretende! O yôga é uma ferramenta de autoconhecimento e de autossuperação. Ao realizarmos os exercícios, sejam eles respiratórios, físicos, de relaxamento, meditativos, etc., tomamos consciência das nossas limitações corporais e emocionais. Compreender que AINDA não conseguimos fazer algo ou ser aquilo que desejamos é um processo e não um ponto final, é uma das características mais importantes desta filosofia. Hoje AINDA não conseguem permanecer na posição de sentado com as costas eretas mas amanhã já vão ser capazes... É uma questão de espírito, de acreditar em nós próprios e de trabalhar a nossa humildade e a capacidade de sermos mais tolerantes connosco próprios e, claro, de aceitarmos que existem coisas que são mais fáceis de alcançar do que outras e que é necessário ter paciência e desfrutar do percurso, sem stressar com o desejo de alcançar a meta.

E para aqueles que me dizem sempre coisas como "Bem, tu já deves ser super avançada no yôga e fazer posições muito difíceis..." - meus amigos, eu ainda tenho muito que aprender mas a questão é muito simples. Eu ADORO fazer yôga. Se pudesse fazia yôga o dia inteiro e todos os dias da semana. Como fisicamente não me é possível, trago sempre o yôga comigo no meu coração e tento honrá-lo em tudo o que sinto e em tudo o que faço :) 

Eu faço yôga sempre que respiro!


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