Na expectativa de me sentir em comunhão com o universo exterior colectivo mas também com o interior indivividual, FECHO os olhos.

Fragmentos de memórias que anseio tornar reais assombram o meu pensamento.

A minha mente treinada prega-me partidas constantes a fim de me lembrar que sempre serei um espírito livre. Talvez até um pouco indomável. Há uma rebeldia muito própria que nunca deixa de se manifestar.

Inspiro e sinto a brisa da mudança. O meu instinto segreda-me em tom de confissão que é chegado o momento de nova renovação. Abro os braços, o peito e por fim o coração. Abro a mente, mergulho mais fundo em mim,
e entrego-me sem resistência ou comoção.

É um proceso natural que me acostumei a sentir chegar até mim.

São ondas que dão à costa duma praia onde me sento todas as noites a observar o céu estrelado.
São ondas que transportam o tempo.
São ondas que transportam pequenas partículas da vida que ainda não vivi.

E eu, na expectativa de me sentir em comunhão com o universo exterior colectivo mas também com o interior indivividual, ABRO os olhos.

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