Regresso ao Passado

Hoje começo com um pensamento que escrevi neste blog em 2013 - e do qual já não me lembrava (Grata por ti minha Tina - Sónia Pedro - por seres sempre um Farol):

"Gosto de acreditar que o céu existe por cima das nossas cabeças para nos "obrigar" a erguer as mesmas. Gosto de acreditar que o céu é o céu para nos inspirar a manter a cabeça erguida."

Vivo todos os dias com a certeza que é no Passado que encontramos as respostas para o Presente e para o Futuro. Não precisa de ser um Passado longínquo. Dou por mim tantas vezes a reler coisas que eu própria escrevi, das quais já não tinha memória, e a encontrar-me nelas. É do que mais gosto na escrita. Acho que foi a primeira técnica de meditação que dominei. Escrever faz tão parte de quem eu sou como respirar. 

Lembro-me de ser miúda, não mais que 7/8 anos, de detestar a escola, e de já nessa altura sentir que só duas coisas faziam sentido para mim (a Escrita e a História - só muito mais tarde descobri que existam outros ingredientes que ainda não me tinham sido apresentados). E assim é, até hoje. Qualquer "espaço" que arranje é para a Escrita e para a História. Não me deem romances (refiro-me claro aos "burlescos, sem pingo de conteúdo, para "matar" tempo e para ler à sombra da "bananeira"), eu quero manuscritos, livros de estudo (daqueles cheios de datas, mapas, estatísticas e descrições detalhadas do que acreditamos que "era" - e aqui o famoso capítulo dos Maias, com a sua extensa descrição do Ramalhete, pode dar-vos uma ideia muito concreta do grau de minuciosidade que aprecio  lololol). Quero fechar os olhos e sentir aromas e texturas de outros séculos. 

Não me convidem para ir "ver as modas", mas não se esqueçam de me ligar se forem visitar umas ruínas. E, nessa altura, não me julguem se me virem a abraçar uma colunata meio desfeita porque nada me faz sentir mais viva e conectada que abraçar - literalmente - o "Passado". Sinto uma ligação tão profunda com ruínas antigas como com árvores centenárias e se tivesse uma lista dos abraços que já distribuí a ambas as categorias ela seria absolutamente interminável, porque deste criança que o faço.

Acordei com o coração apertado, tão apertado, mas uma vez mais a minha "Meditação" transformou de forma mágica tudo o que tinha dentro de mim, e devolveu-me a serenidade.

Grata aos meus antepassados - mais diretos e de sangue - que me deixaram esta dádiva. 
Conseguir exprimir-me através da Palavra escrita (gostos à parte lololol :)).

Mantenham-se a salvo e procurem a vossa própria "técnica" de meditação
"Mente sã, corpo são"

Namastê

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